quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Diziam que era a "campanha negra"










A certa altura, o então primeiro-ministro chamou "campanha negra" às suspeitas que iam aumentando sobre a sua conduta. Estávamos no tempo do "caso Freeport", antes do "caso da licenciatura", ao mesmo tempo que...
Ontem, pela primeira vez na História portuguesa, este homem foi, na qualidade de primeiro-ministro, acusado de 31 crimes no domínio económico (de corrupção a fraude fiscal) e, com ele, mais 27 pessoas e empresas, incluindo um banqueiro e dois administradores, todos eles considerados modelos para a sociedade
Durante alguns anos, o "engenheiro" teve uma legião de companheiros e companheiras em vários campos, do Governo às suas camas passando pelo partido (o PS, por onde tudo passa...) e pelo actual Governo.
Adoravam-no como a um deus, defendiam-no, faziam peregrinações a Évora como se a prisão fosse Meca, só lhes faltou garantir que não foi ele o terceiro chefe de Governo do PS a pedir ajuda financeira externa pela terceira vez.
Mas ontem, salvo algumas declarações repelentes de criaturas igualmente repelentes (mas adequadas a este PS), calaram-se todos. 
E hoje o que fala são as primeiras páginas dos jornais. Ninguém os tem no sítio para voltar a falar em "campanha negra"?




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